domingo, 25 de dezembro de 2011

[CAPÍTULO 11] ~ Eles podem


- Jenny, o que aconteceu? – disse Nice séria –
- A minha maior inimiga, no colégio, ela é um Grepee. – respondi, já que Jenny olhava fixamente para o chão, e Lipe tentava consolá-la. Estava praticamente sozinha, então, tinha que saber o que falar, e uma ordem de fatos correta, e de um jeito que ela iria entender. Já que eu falava muito rápido quando estava apavorada. – Lipe me pediu para ler a áurea dela, e eu vi. Era um Grepee. O seu nome é Tiffany, e ela ainda não sabe, possivelmente. O que eles fazem, qual é o poder?
- Se ela for um Grepee, você e Lipe correm perigo. E Jenny mais ainda. – Quando Nice disse isso, Lipe olhou preocupado. E saiu correndo até mim.
- Vai falar com ela, por favor. Tenho que falar com Nice, sozinho. Por favor. – disse Lipe, baixinho, só eu poderia escutar depois me deu um beijo na testa.
- Espera. – Disse a Lipe – O que os Grepees fazem? – perguntei me direcionando a Nice –
- Eles fazem todo o mau possível. Provavelmente, os dois já viram em alguns sonhos, uma luz, bem forte. Geralmente, um pouco antes de acordar. Eles fazem com que aquela luz vire uma escuridão sem fim, e aquela luz é a mais pura verdade de um anjo. É como se fosse uma certidão de nascimento. Vocês a vêem pelo menos de uma em uma semana, ou mais vezes, isso depende muito. Mas, quando os Grepees as destroem, fazem com que seu mundo fique mais forte. Mas essa luz de vocês brilha mais. É mais poderosa. Ela, ela é a única que eles nunca devem roubar.
- Calma, devem? Eles podem? – disse Lipe, assustado –
- Sim, podem. Mas, tem uma forma de proteger. Existem pontos espalhados no mundo, os pontos que as batalhas atingem. São vários pontos espalhados em continentes diferentes. Mas, a ordem é só uma. Não podem pular nenhum deles. Antes da batalha, durante um mês, vocês irão treinar nos países. E, ver os pontos. 
- Onde eles estão? – Lipe fazia as perguntas e não me dava a oportunidade de abrir a boca pra perguntar.
- Eu também quero perguntar – cochichei para Lipe.
- Desculpas – disse ele entre dentes – eu estou muito nervoso

[CAPÍTULO 10] ~ Leia, agora, anda Bruna !


Olhei e vi Tiffany, para mim, era normal ver um rosto horrível daquele sempre no meu caminho. Era comum ter um pesadelo acordada.
- Eu vejo essa, coisa que chamam de pessoa todo dia. Está tudo bem, gente!
- Bru, lê a aura dela. – disse Lipe, fiz que sim com a cabeça, e li. Era uma Grepee!
- Eu não acredito! Jenny... Quero sair daqui agora! – disse quase gritando –
- Calma, vem cá! – Disse Lipe me protegendo – ela não vai te fazer mal nenhum. Ela não sabe o que você é, nem o que eu e Jenny somos. Somos invisíveis. Eles não podem ler. Mas iremos sair daqui, e veremos Nice. – ele me deu um beijo na testa, e saímos correndo –
Lipe me trazia mais proteção do que Jenny. Com Jenny eu tenho a certeza de que nunca vou ser atingida por nada, com Lipe, era uma coisa mais paternal. Ele me protegia dos medos, não dos perigos. Sabia que na verdade ele ia se desesperar em um momento que eu teria que ser forte. Agüentar firme. Sei que vou conseguir.
Eu me sentia estranhamente tonta, mas deixei passar. Voamos até a nuvem de Nice, dessa vez, bem experientes. Sabíamos aonde entrar, por onde ir, aonde sair, e o melhor, como voar.
Era estranho voar assim, mas o lugar era protegido. Ninguém poderia nos ver. Mas eu tinha minhas dúvidas. Hoje, sem tanto medo, observei atentamente cada detalhe do lugar.
O imenso sofá branco de couro, sim, branco de couro, as paredes eram azul cor de céu em dia claro. Havia flores brancas e em tonalidades quase rosadas. Mas não chegavam a apresentar tanta semelhança a cor.
Os vasos eram de um verde claro, quase branco. Todo o ambiente tinham cores neutras, que te deixavam calmo.
Não havia nada que não fosse paz naquele ambiente, não havia como descrever isso de uma melhor forma. Era um lugar perfeito. Toda sua má energia ficava fora e quando você adentrava a residência, tudo parecia mudar. Poderia estar acontecendo o apocalipse que você deixaria ele para fora, e entraria no espaço de calmaria. Para mim pelo menos.
Lipe começou a me olhar, estranhamente. Como se quisesse ler o que estava pensando. Achei que ele queria me perguntar algo, mas sua atenção foi perturbada quando Nice entrou.
- Sem querer ser indelicada, mas o que vocês fazem aqui? – perguntou Nice espantada –
- Precisamos de você – respondi – urgentemente.

[CAPÍTULO 9] ~ Fique assustada !


“Dorme com os anjos, dormirei pensando em um. Ou melhor, em uma metade anjo, metade humana. Te amo, irmãzinha.”
Dormi pensando no meu irmão, que tinha ficado longe. Agora éramos uma família. Porque não poderíamos ficar juntos? Como todas as famílias ficam? Era diferente para nós?
Minha “mãe” agora sabia de toda a verdade. Ou melhor, já sabia, só estava esperando acontecer.
Esqueci de perguntar sobre a luz que via em meus sonhos, mas acho que sei de onde era.  Mas queria ter certeza. Respondi a mensagem de Lipe. Meio sem graça.
“Você também, irmãozinho. É tão bom te chamar assim. Você é meu anjo, obrigada por tudo”
Eu realmente amava o Lipe, ele era o irmão que eu sempre sonhei em ter, o irmão de verdade que eu pudesse confiar, que ia me proteger quando alguém falasse mal de mim pelas costas, que ia me mostrar o certo e o errado, alguém pra contrariar, alguém que ia estar lá independente de qualquer coisa. Eu amava poder confiar nele.
Cheguei ao portão da escola. Avistei de longe meu irmão, e a Jenny, que eu ainda não sabia o que era na minha família nada normal.
Lipe abriu um grande sorriso, e soltou um:
- Bom dia, irmãzinha.
- Bom dia, maninho. – respondi -
- Bom dia, Jenny, pessoa indefinida de nossa família! – falei com um mega sorriso – como você ta? Dormiu a noite?
- Bom dia, Bubu. Eu sou sua prima, podemos dizer assim. Não durmo tem mais de dois meses. Mentira, nunca dormi de fato, mas estou acostumada.
- Que bom, eu fico achando que isso tudo é por minha culpa.
Jenny olhou fixamente um ponto, e logo Lipe acompanhou seu olhar. Fiquei assustada. Lipe leu minha expressão.
- É algo para ficar realmente assustada, Bruna.

OBS: Desculpem a minha ausência, agora vou postar mais capítulos. E vai ter uma segunda "etapa". Quando Bruna e Lipe estiverem na guerra, vai acabar essa fase, e depois, vão entrar novos personagens para bagunçar tudo aí.

sábado, 24 de dezembro de 2011

[CAPÍTULO 8] ~ Facebook, Mensagens e Twitter

- Eu confio até demais, maninha. Não duvido do que você pode fazer, mas tenho medo de te perder para eles. 
- Você me terá em seu coração. Eu nunca te abandonarei. – disse com o olho cheio de lágrimas –
Ficamos quietos, e depois, voltamos para casa. Teríamos um longo dia. Avisamos nossos pais sobre o ocorrido, e agora sabíamos que nossos pais haviam nos deixado por falta de opção, e não por não gostar da gente. Eles nos amavam, e fizeram isso pra me proteger. Lipe me deixou um casa, e logo ouvi o barulho das asas de Jenny. Fui para a janela do meu quarto, e a achei.
- Aconteceu tudo muito rápido. Obrigada por sempre estar lá. É bom saber que ele é meu irmão, e que você é praticamente minha irmã, é da minha família. É parecida conosco. É parte de nós, obrigada.
- Fico feliz de poder estar do seu lado quando você precisa, eu sempre achei que você não ia aceitar muito bem essa história.
- Vou dormir, o dia vai ser longo. Tenho treino amanhã. Obrigada por tudo.
Como sempre, antes de dormir, peguei meu iPhone e fui ver meus emails, mensagens e checar o facebook e o twitter. Era um hábito. Sempre fazia isso. Tinha uma mensagem do Lipe:

[CAPÍTULO 7] ~ Ele Não Me Quer Lá


- Ela já faleceu. Desculpem-me.
- Está tudo bem, vamos superar. – disse Lipe, me abraçando.
Ele queria bancar o forte, mas eu sabia que ele estava segurando o choro. Lipe é do tipo que não suporta falar de família, ou de assuntos delicados assim. Ele deu um beijo em minha testa.
- E sobre a guerra? O que devemos saber? – perguntou Lipe, com certeza tramando para que eu não participasse dessa missão suicida –
- A guerra acontecera dentro de três meses. É o tempo que temos até que vocês fiquem prontos. Devem saber que não será fácil. E que não serão usados todo o tempo. Tudo deve durar 10 horas. Vocês só entraram nas últimas 2 horas de luta.
- O que posso fazer para que minha irmã não lute? – disse Lipe, minha cabeça estava em seu ombro, poxa, podia chamá-lo de irmão, ele me abraçava enquanto eu estava praticamente deitada em seu ombro – faria de tudo para salvá-la.
- É adorável o que queira fazer, Sr. Felipe, mas devo te alertar que os dois devem lutar. O poder do coração só funciona com os dois. O coração de seu pai bate, mesmo fora do corpo. Ele bate por esperança. Funciona assim. E ele só volta ao corpo do pai de vocês, quando o coração ver que vocês existem e ouvir o coração de vocês bater.
- Eu realmente não posso fazer nada pela minha irmã? – perguntou ele, insistindo para que eu não lutasse – quero muito protegê-la.
- Eu vou lutar com você, Lipe. Irei até onde conseguir. Não sou a melhor, mas sei que com você vai ser mais fácil. Confia em mim.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

[CAPÍTULO 6] ~ Filhos de Crucius e Annabelle !?!? Annabelle...


Jenny era realmente um anjo, em todos os sentidos. Era perfeita para ser um anjo. Ela era perfeita, com a aura pura. Eu não sabia como parar de ver a aura das pessoas, e depois entendi que não tinha como mesmo. Às vezes, quando Lipe fixava o olhar em alguma pessoa, e depois ele disse que estava lendo sua aura. Eu não sabia como ele “lia”, não encarava isso como uma leitura. Eu via, sentia.  Por exemplo, quando uma pessoa estava com raiva, eu sentia a raiva dela. Mas não demonstrava. Já Lipe, ele expressava o que você sentia. Somos opostos, acho que só nisso.
De repente, entrou uma mulher, alta, elegante, com a coluna ereta, e com uma pose de chefe. Ela era nossa superior, e rapidamente percebi pela expressão de Jenny, que saiu em direção a ela, e começou a falar, ela fez uma expressão de surpresa e de felicidade. Jenny nos chamou.
- Nice, esses são Felipe e Bruna. Filhos de Crucius e Annabelle.
- Ah, que honra conhecê-los. Mas lamento que seja nessas circunstâncias.
- O prazer é nosso – Lipe e eu falamos em coro – O que está para acontecer? – continuei –
- Os Grepees, eles tem o seu pai. O coração dele, pra ser mais exata. Sua alma vaga em algum lugar. Se o coração estiver na mão de vocês, seu pai pode voltar a viver, e governar como deve ser.
- E nossa mãe?