Olhei e vi Tiffany, para mim, era normal ver um rosto horrível daquele sempre no meu caminho. Era comum ter um pesadelo acordada.
- Eu vejo essa, coisa que chamam de pessoa todo dia. Está tudo bem, gente!
- Bru, lê a aura dela. – disse Lipe, fiz que sim com a cabeça, e li. Era uma Grepee!
- Eu não acredito! Jenny... Quero sair daqui agora! – disse quase gritando –
- Calma, vem cá! – Disse Lipe me protegendo – ela não vai te fazer mal nenhum. Ela não sabe o que você é, nem o que eu e Jenny somos. Somos invisíveis. Eles não podem ler. Mas iremos sair daqui, e veremos Nice. – ele me deu um beijo na testa, e saímos correndo –
Lipe me trazia mais proteção do que Jenny. Com Jenny eu tenho a certeza de que nunca vou ser atingida por nada, com Lipe, era uma coisa mais paternal. Ele me protegia dos medos, não dos perigos. Sabia que na verdade ele ia se desesperar em um momento que eu teria que ser forte. Agüentar firme. Sei que vou conseguir.
Eu me sentia estranhamente tonta, mas deixei passar. Voamos até a nuvem de Nice, dessa vez, bem experientes. Sabíamos aonde entrar, por onde ir, aonde sair, e o melhor, como voar.
Era estranho voar assim, mas o lugar era protegido. Ninguém poderia nos ver. Mas eu tinha minhas dúvidas. Hoje, sem tanto medo, observei atentamente cada detalhe do lugar.
O imenso sofá branco de couro, sim, branco de couro, as paredes eram azul cor de céu em dia claro. Havia flores brancas e em tonalidades quase rosadas. Mas não chegavam a apresentar tanta semelhança a cor.
Os vasos eram de um verde claro, quase branco. Todo o ambiente tinham cores neutras, que te deixavam calmo.
Não havia nada que não fosse paz naquele ambiente, não havia como descrever isso de uma melhor forma. Era um lugar perfeito. Toda sua má energia ficava fora e quando você adentrava a residência, tudo parecia mudar. Poderia estar acontecendo o apocalipse que você deixaria ele para fora, e entraria no espaço de calmaria. Para mim pelo menos.
Lipe começou a me olhar, estranhamente. Como se quisesse ler o que estava pensando. Achei que ele queria me perguntar algo, mas sua atenção foi perturbada quando Nice entrou.
- Sem querer ser indelicada, mas o que vocês fazem aqui? – perguntou Nice espantada –
- Precisamos de você – respondi – urgentemente.
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