- Não podemos deixar Jenny. Ela sabe? – perguntei tentando achar uma saída –
- Ela vai estar te esperando. Jenny é um anjo disfarçado. Ela foi mandada com asas invisíveis, para a sua proteção. Sabe os pássaros que você escuta de manhã? – fiz que sim com a cabeça – é ela! Ela não dorme, ela fica no telhado de sua casa, te vigiando. Ela é nossa protetora.
- Eu vou ter asas? – perguntei com muita dúvida –
- Não, Bruna. Não vai ter asas. Você é filha de Deuses, não é como eles. Você e eu temos dons. Enxergamos as auras das pessoas. E temos outro poder que é bem útil. Na verdade, não um poder. – Disse Lipe com um sorriso maléfico, jogando para mim uma pulseira – fica esperta, maninha.
- Há-há, e o que eu vou fazer com essa pulseira?
- É sua passagem para o campo de treinamento. Estão todos te esperando.
Quando ele disse passagem, imaginei algo meio subterrâneo, com uma porta escondida, algo em uma árvore, sei lá. Mas não. Nada na minha vida é tão fácil. Então, estava de noite, e a pulseira funcionava como uma asa, e agente teria que ir até a nuvem para que lá agente achasse a porta, mas você acha que só tinha uma porta? Tinham 20 portas e o Lipe nunca tinha ido lá. Era a primeira vez para os dois. E, como a primeira vez nunca da muito certo...
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