- Ela já faleceu. Desculpem-me.
- Está tudo bem, vamos superar. – disse Lipe, me abraçando.
Ele queria bancar o forte, mas eu sabia que ele estava segurando o choro. Lipe é do tipo que não suporta falar de família, ou de assuntos delicados assim. Ele deu um beijo em minha testa.
- E sobre a guerra? O que devemos saber? – perguntou Lipe, com certeza tramando para que eu não participasse dessa missão suicida –
- A guerra acontecera dentro de três meses. É o tempo que temos até que vocês fiquem prontos. Devem saber que não será fácil. E que não serão usados todo o tempo. Tudo deve durar 10 horas. Vocês só entraram nas últimas 2 horas de luta.
- O que posso fazer para que minha irmã não lute? – disse Lipe, minha cabeça estava em seu ombro, poxa, podia chamá-lo de irmão, ele me abraçava enquanto eu estava praticamente deitada em seu ombro – faria de tudo para salvá-la.
- É adorável o que queira fazer, Sr. Felipe, mas devo te alertar que os dois devem lutar. O poder do coração só funciona com os dois. O coração de seu pai bate, mesmo fora do corpo. Ele bate por esperança. Funciona assim. E ele só volta ao corpo do pai de vocês, quando o coração ver que vocês existem e ouvir o coração de vocês bater.
- Eu realmente não posso fazer nada pela minha irmã? – perguntou ele, insistindo para que eu não lutasse – quero muito protegê-la.
- Eu vou lutar com você, Lipe. Irei até onde conseguir. Não sou a melhor, mas sei que com você vai ser mais fácil. Confia em mim.
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